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25.6.12

Oclusão Venosa

Postado por Autora Paula R. Cardoso Bruno |

Seguindo com a nossa série de postagem sobre doenças oftalmológicas, vamos falar hoje sobre Retinoplatia Diabédica.
Você pode conferir também as matérias sobre Buraco Macular, Descolamento da Retina e Retinoplatia Diabética.

Bjkas.
Paulinha

OCLUSÃO DA VEIA CENTRAL OU DO RAMO DA VEIA CENTRAL DA RETINA

Esta entidade é muito observada pelo especialista em retina. Existem dois tipos de oclusão da veia da retina, oclusão de ramo da veia retiniana (ORVR) e oclusão da veia central da retina (OVCR) e é importante a diferenciação destas duas entidades pelo especialista em retina pois o tratamento apresenta-se diferente.

Oclusão de Ramo da Veia Retiniana (ORVR), fig. 1, abaixo.

O sangue portador de nutrientes e oxigênios que chega ao olho pelas artérias tem que ser drenado pelas veias. ORVR significa que um ramo venoso responsável pela drenagem de determinada regiao da retina foi ocluído. Esta oclusão geralmente ocorre aonde a artéria cruza a veia. Quando ocorre a oclusão, o sangue que chega na retina pela artéria não tem para onde ser drenado pois a veia esta obstruída e sendo assim este começa a extravasar dentro do tecido retiniano gerando hemorragia e “inchaço” do tecido retiniano e assim diminuição da visão. A doença pode afetar tanto indivíduos jovens quanto adultos.

O desenvolvimento desta doença pode estar associada a presença de outras entidades como colesterol elevado, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, cigarro, doença cardíaca, doenças inflamatórias e infecciosas, alteração da coagulação e viscosidade sanguínea e glaucoma. Sendo assim, o paciente deve ser encaminhado a médico especialista para investigação destras outras entidades.

O diagnóstico consiste no exame de mapeamento de retina associando a angiografia de retina e se necessário tomografia de coerencia óptica (OCT).

A redução da visão ocorre quando a oclusão leva conseqüências à região central da retina denominada mácula e ou há desenvolvimento de vasos anormais no fundo do olho que causam hemorragias e com isto obscurecimento visual. Alguns pacientes se queixam de aparecimento de “teias de aranha”como sintoma de inicio de sangramento.

O tratamento vai depender do tipo de complicação gerada a macula ou se há sangramento dentro do olho e qual a gravidade deste. Dentre os tipos de tratamento disponíveis temos o que utiliza laser e ou medicação injetada dentro do olho como triancinolona e antiangionênicos como Lucentis e Avastin e ate vitrectomia pars plana.

Embora injeção dentro do olho possa soar doloroso ela é relativamente segura de ser realizada, praticamente indolor e bastante tolerável.

Devido a ORVR ter a capacidade de gerar complicações futuras como inchaço de retina, sangramento dentro do olho e ate descolamento de retina, exames regulares de mapeamento de retina regular deve ser realizado.

Oclusão da veia central da retina (OVCR), fig. 2, abaixo, é a oclusão da parte final da veia da retina, localizada no nervo óptico, que drena o sangue da retina. Os fatores sistêmicos para a oclusão de ramo mencionados acima também são fatores de risco para oclusão de veia central da retina. Sendo assim, é recomendado que ampla solicitação de exames laboratoriais com intuito de detecção destas doenças, principalmente se a oclusão for nos dois olhos.

Existem duas formas de oclusão: a isquêmica e a não isquêmica a depender do grau de obstrução da veia. A diferenciação entre as duas formas é de extrema importância porque pode apresentar gravidade de evolução diferente já que a forma isquêmica tem evolução mais grave porque pode gerar neovascularização e ate predispor o desenvolvimento de glaucoma. Nestes casos o tratamento a laser é fundamental. Pacientes com o episódio de acontecimento recente devem ser acompanhados freqüentemente com o objetivo de detecção precoce e tratamento desta complicação.

O aparecimento de edema de macula e também de não perfusão também pode acontecer na oclusão de veia central causando perda visual grave.

Os exames complementares que podem ajudar no diagnóstico e tratamento desta entidade são a angiografia, campo visual, eletroretinografia e tomografia de coerência óptica.
O tratamento desta doenca envolve desde a aplicação de laser, fig. 3, abaixo, até uso de medicamentos intraoculares, fig. 4, abaixo, como triancinolona e antiangiogênicos como Avastin e Lucentis e cirurgia de Vitrectomia pars plana a depender dos resultados dos exames clínicos e complementares. 


Fig. 1. Fundo de olho de oclusão de ramo da veia da retinaFig. 2. Fundo de olho de oclusão da veia central da retina
Fig. 3. Cicatrizes de marcas de laser pós tratamentoFig. 4. Demonstração de injeção de medicação dentro do olho

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