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8.4.13

TOMATE A PREÇO DE OURO!

Postado por Autora Paula R. Cardoso Bruno |

A alta do tomate, ingrediente para molho de massas e saladas, assustou muita gente no país. Mas há quem consiga fazer brincadeira com a situação. Piadinhas sobre o assunto, comparando o tomate a ouro e diamantes, tomaram conta de redes sociais.
Vejam algumas bem criativas. 

 
Fora as brincadeiras, toda essa polêmica tem motivos. 
O valor do quilo do tomate, que em Goiás teve aumento de até 150%, segundo informações da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), traz preocupação não só para os consumidores, mas também para os proprietários de restaurantes da capital. Nos supermercados, o preço do quilo da fruta está 34% mais caro. As tabelas de valor, que antes indicavam R$ 4,99, agora informam o valor de R$ 6,69. No entanto, o preço é ainda mais caro na Central de Abastecimento do Estado de Goiás (Ceasa). A caixa do tomate de mesa com 22 quilos, que custava R$ 40, agora está sendo negociada acima de R$ 100. 
O proprietário de um restaurante especializado em comida mexicana do Setor Bueno, Fernando de Oliveira Jorge, disse que se o valor do tomate continuar subindo o preço dos pratos que são servidos poderá ser alterado. “Isso vai depender do mercado. Por enquanto vamos tentar substituir o ingrediente”, declarou. O empresário disse ainda que tenta achar a melhor opção para não acarretar uma diferença grande para o consumidor.
Já a dona de um restaurante tradicional da região central, Emiliana Maria Silva, considerou o aumento um “escândalo.” Ela disse que optou por evitar o tomate nos pratos. “Aqui servimos panelinhas que são acompanhadas com tomate e outras opções com vinagrete. Vou analisar amanhã (hoje) se vou alterar ou não os preços do cardápio”, contou. Silvio Monteiro Andrade também atua no ramo alimentício e constatou que não foi apenas o tomate que sofreu aumento. “Até a batata, cebola e alface nunca estiveram tão caras”, reclamou. Ele também não sabe se haverá necessidade de inflacionar os preços, mas disse que, se isso acontecer, vai perder clientes.
No supermercado, a preocupação é a mesma. A diarista Maria das Graças Araújo, 48 anos, ficou assustada com o valor do tomate. “Estou comprando só alguns porque estou sem nada em casa. Mas logo meu irmão vai chegar e trazer os tomates de sua lavoura.” A diarista relatou que seu irmão, que é produtor de tomate, está animado. “Ele não imaginou que o preço iria subir tanto. Isso acontece, pois houve muitas pragas nas lavouras do Estado”, acredita.
No entanto, de acordo com a Faeg alguns fatores favorecem a escalada do preço do produto, mesmo em Goiás, o maior produtor do fruto. Inicialmente, houve uma redução na área plantada com esta cultura. Mesmo não tendo ainda dados oficiais, estima-se uma redução de 16% na área plantada com tomate no Brasil. O desestimulo foi o principal motivo para a redução. No ano passado, a caixa de 22 kg do tomate chegou a ser negociada entre R$ 5 e R$ 10 para o produtor, a média normal de preço da caixa é de R$ 40.
Segundo a federação, o tomate é uma cultura que, diferente de outras lavouras, possui condições climáticas para ser cultivado o ano todo em Goiás. Porém, é uma cultura muito sensível à elevada umidade, o que reduz drasticamente a produção. Por isso, é esperada, normalmente, uma variação da produção no decorrer do ano, quando, no período seco, a oferta de tomate é maior do que no período chuvoso.
É normal que no início e no fim de cada ano haja uma elevação nos preços do tomate em praticamente todas as regiões produtoras. Porém, a Faeg acredita que, com o fim do período chuvoso, a produção volte a ganhar força e pode haver redução, porém dificilmente os preços possam voltar aos patamares normais em um curto período de tempo.
A alta no preço do fruto também provocou uma série de críticas e charges nas redes sociais. Internautas chegaram a comparar o valor do tomate ao de uma joia. Outros afirmaram que apenas os ricos conseguiriam consumir o produto. Houve até mesmo quem avaliou que seria necessário utilizar o cartão de crédito e fazer as compras no crediário.
 

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